Olive Kitteridge by Elizabeth Strout

Custou-me a ler este Olive Kitteridge.
Não entrei com facilidade no livro, quando interrompia não regressava a ele com avidez, mas também não o repudiava como me aconteceu com alguns livros que foram DNF. E não estava a perceber bem o porquê… afinal este livro trouxe um Pulitzer à autora.
Já depois de ter terminado de ler, e ao percorrer o índice, de repente atingiu-me: o livro não é uma história, são basicamente 13 contos diferentes… e eu não gosto de short-stories.
Dêem-me romances de “quilo”, livros com muitas páginas, duologias, trilogias, tetralogias and I’m happy – contos é que não.
Sabem aquelas pulseiras de massinhas que as crianças fazem? Pois foi o que achei deste livro: 13 contos, todos com personagens diferentes, “enfiados” numa linha, a linha (pouco) condutora, Olive. Olive que pode ser o centro da história ou apenas brevemente mencionada, Olive que não é um centro de gravidade para o leitor, que não é um personagem que se ame ou odeie…
A escrita é boa, é fluida, é cadenciada, com narrativa q.b. e descritiva q.b. e foi talvez a única razão pela qual não abandonei o livro a meio, mas não é envolvente.
Aconteceu-me o que me acontece sempre com histórias pouco imersivas, relacionei-me pouco com o livro, e ao contrário do que li em criticas efusivas à obra, não ri um pouco nem chorei um pouco, não me emocionou, aliás, nenhuma parte da história.
Foi uma leitura cerebral, quase como se fosse uma não-ficção, sensação que é frustrante para mim.
Gostei pouco.
Sinopse
E talvez não haja ninguém que conheça tão bem quanto Olive os segredos e os dramas dos habitantes da vila: o desespero de um ex-aluno que perdeu a vontade de viver; uma pianista alcoólica vítima de uma mãe castradora; uma mãe destroçada pelo crime hediondo do filho; um homem que descobre a ferocidade e as consequências do amor; e a solidão da própria família de Olive, à mercê dos seus caprichos.(…)”